A Pavlova é uma sobremesa sofisticada e leve, com origem disputada entre Austrália e Nova Zelândia, mas é internacionalmente reconhecida como um ícone da confeitaria do hemisfério sul. O nome é uma homenagem à lendária bailarina russa Anna Pavlova, que encantou o público durante suas turnês pelos dois países no início do século XX. A sobremesa foi criada para refletir a graça da bailarina, com uma base de merengue crocante por fora e macia por dentro, geralmente coberta com chantilly e frutas frescas, como maracujá, kiwis e morangos.
Diz a história que, encantado pela leveza e graciosidade de Anna Pavlova, um chef neozelandês criou um doce que fosse ‘tão leve quanto sua dança’. Já os australianos afirmam que a receita original surgiu em um hotel de Perth, como tributo à mesma artista. O fato é que, independentemente da origem, a Pavlova conquistou o mundo com sua textura etérea e seu visual deslumbrante – uma sobremesa que parece flutuar no prato, como se dançasse sobre o merengue.
A base da Pavlova é um merengue assado lentamente, que forma uma crosta firme e delicada, enquanto o interior permanece macio. Sobre essa base, vai uma camada generosa de chantilly fresco e uma seleção de frutas ácidas, como morangos, kiwis, framboesas ou maracujá, que equilibram o doce do merengue. O resultado é um contraste perfeito entre crocância, cremosidade e frescor – um espetáculo para os olhos e o paladar.
Ingredientes Para a Pavlova
Para o Merengue:
- 4 claras de ovo (em temperatura ambiente)
- 1 xícara (chá) de açúcar refinado
- 1 colher (chá) de vinagre branco ou suco de limão
- 1 colher (chá) de amido de milho
- 1 colher (chá) de extrato de baunilha (opcional)
- 1 pitada de sal
Faça o Chantilly:
- 1 xícara (chá) de creme de leite fresco gelado
- 2 colheres (sopa) de açúcar de confeiteiro
- ½ colher (chá) de essência de baunilha
Separe Para a Cobertura:
- Morangos frescos fatiados
- Kiwis em rodelas
- Pedaços de manga
- Polpa de maracujá (ou framboesas, amoras, mirtilos ou outras frutas vermelhas)
Como Fazer a Pavlova
Prepare o Merengue:
- Pré-aqueça o forno a 130°C (temperatura mínima). Forre uma assadeira com papel manteiga e desenhe um círculo de aproximadamente 20 cm de diâmetro no centro. Ele servirá de guia para moldar a Pavlova.
- Na batedeira, bata as claras em velocidade média até que comecem a formar picos suaves. Aos poucos, adicione o açúcar, uma colher por vez, batendo constantemente até que o merengue fique firme e brilhante, sem grãos de açúcar (cerca de 10 minutos).
- Acrescente o vinagre, o amido de milho e a baunilha, misturando delicadamente com uma espátula. Esses ingredientes ajudam a estabilizar o merengue e garantem a textura macia por dentro.
Modele e Asse:
- Com uma espátula, espalhe o merengue dentro do círculo desenhado, formando um ninho com uma leve cavidade no centro, onde o chantilly e as frutas serão posteriormente colocados.
- Leve ao forno e asse por cerca de 1h15 a 1h30, até que o exterior esteja firme e ligeiramente dourado. Para verificar, não abra a porta, olhe pelo vidro.
- Desligue então o forno e deixe a Pavlova esfriar lá dentro, com a porta inicialmente fechada, depois entreaberta, para evitar rachaduras causadas pelo resfriamento rápido.
Prepare o Chantilly:
- Bata o creme de leite fresco gelado com o açúcar de confeiteiro e a baunilha, até formar picos firmes. Cuidado para não bater demais e virar manteiga.
- Mantenha na geladeira até o momento de usar.
Montagem:
- Com o merengue já totalmente frio, transfira-o com cuidado para o prato de servir.
- Espalhe o chantilly no centro, deixando as bordas do merengue à mostra.
- Distribua as frutas frescas por cima. O contraste entre o branco do chantilly e as cores vivas das frutas frescas é parte essencial do charme da Pavlova.
- Sirva imediatamente ou mantenha refrigerado por até 2 horas (evite deixar por muito tempo, pois o merengue pode absorver umidade e perder sua crocância).
Mais que uma sobremesa, a Pavlova é uma celebração da arte e da delicadeza. Sua combinação de texturas contrastantes – crocante por fora, cremosa por dentro – e cores vibrantes, a torna uma das receitas mais elegantes e versáteis da confeitaria.
Cada país que a adota, coloca um toque próprio: na Nova Zelândia, costuma ser servida com kiwi e maracujá; na Austrália, com frutas vermelhas e folhas de hortelã. No Brasil, ela ganhou versões tropicais com manga, abacaxi e até coco. Mas o que permanece é a essência: um doce leve, que encanta tanto pela aparência quanto pelo sabor – uma homenagem eterna à leveza da dança de Anna Pavlova e à beleza da simplicidade bem executada. Bom apetite!
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